segunda-feira, 11 de abril de 2011



A família é preocupação da solicitude da Igreja

Continuamos o tempo de quaresma e já nos aproximando da Semana Santa. É o tempo propicio que Deus nos concede para a conversão, a mudança de vida e vivencia dos valores que brotam do evangelho. Tempo de Fraternidade.

Neste início do mês de abril a Diocese volta seu olhar para o encontro Diocesano de Pastoral familiar. É notória a situação em que as famílias vivem. Dois ângulos merecem nossa reflexão e o cuidado da Igreja. De um lado as novas gerações olham para o futuro e não se encantam com compromisso permanente. Daí o reduzido número de casamentos em nossa Diocese. Há busca por relacionamentos temporários, passageiros ou esporádicos. O compromisso assusta. O matrimônio não faz parte do projeto de muitas pessoas. Por outro lado um significativo número de casais vive mesmo em meio às dificuldades e desafios, a estabilidade matrimonial. Por vezes há um sentimento negativista no sentido da falência do casamento. Mas isto não é verdade. Há muitos casais e jovens que buscam a estabilidade para sua vida através da família, filhos e ambiente de aconchego.

Nesta perspectiva surge a Pastoral Familiar. Ela quer ser uma âncora de apoio para da família. As bem constituídas para encontrar sempre caminhos de superação das dificuldades e as que dissolveram uma ou duas uniões, e agora vivem uma relação de harmoniosa para que nesta relação encontrem caminho de santificação, de educação para os filhos.

A família é preocupação da solicitude da Igreja. Por ela passam à vida, os valores, a educação da fé, a cidadania, o despertar das vocações e o futuro da humanidade. Cada paróquia em seu núcleo pastoral precisa incluir ações em favor das famílias. Aí está a valorização dos grupos de família, a oração em família, a criação de equipes que visitam as famílias, a presença de casais na hora da dor, do sofrimento; a promoção de retiros de casais são meios que ajudam a estabilidade da família e a realização de sua missão.

Dom Juventino Kestering

Bispo da Diocese

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Santa Sé e CELAM promovem comitês da família
A Santa Sé e representantes do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) incentivam a criação de comissões para a promoção e a defesa da vida no âmbito das paróquias e dioceses. Trata-se de uma das conclusões recolhidas na mensagem dos participantes no Encontro da Pastoral da Família e Vida, realizado entre 29 e 31 de março, em Bogotá (Colômbia), em colaboração entre o Conselho Pontifício para a Família e o CELAM.

No encontro, em que participaram o cardeal Ennio Antonelli e o bispo Jean Laffitte – presidente e secretário desse Conselho vaticano – reconheceu-se que a família e a vida “passam por uma situação de verdadeira emergência, devido às forças que a distorcem e afastam do plano original de Deus". Se bem que existam muitos países com leis que apoiam a vida, ainda é muito elevado o número de abortos no mundo inteiro", observam os participantes nesta reunião, em sua mensagem final.
"Diante disso, renovamos o nosso compromisso de continuar trabalhando com fé, esperança e dedicação no serviço que prestamos à humanização da sociedade através da promoção e defesa da instituição familiar e do dom da vida." Por esta razão, os representantes do Vaticano e do CELAM incentivam a criação de “comitês para a promoção e defesa da vida no âmbito das paróquias e dioceses". "Em nossa reunião, reafirmou-se que a família é um verdadeiro sujeito de evangelização e apostolado para anunciar, celebrar e servir à Boa Nova do matrimônio, da família e da vida." "Isso nos compromete a ajudar pastoralmente as famílias para que, a partir da pedagogia da santidade e do amor, frutos de um encontro vivo com Jesus Cristo, e mediante seu testemunho como famílias cristãs, sejam um foco de uma nova educação para descobrir as maravilhas de Deus, sobretudo no amor esponsal do homem e da mulher ao qual foi confiada a vida”, acrescenta a mensagem.

Para isso, foram criadas "novas formas de colaboração entre as Comissões Episcopais Nacionais de Família e Vida, o Departamento de Família e Vida do CELAM e o Conselho Pontifício para a Família". "Para este fim, incentivamos o fortalecimento da catequese de iniciação cristã, a preparação para o casamento e a família, a educação para o amor que permita reconhecer o verdadeiro significado da sexualidade, a séria preparação para o matrimônio, a formação permanente dos cônjuges.” Os participantes convidam "especialmente os bispos, sacerdotes e diáconos e a pastoral familiar a redescobrir a beleza da instituição da família, o dom dos filhos e a alegria no compromisso de difundir o esplendor desta verdade”.

Eles também expressam "toda a gratidão da Igreja aos cônjuges e às famílias que oferecem um exemplo crível e atraente de compromisso com a sua santificação, tornando espiritual e humanamente fecundas suas atividades, através de sua participação na vida da graça, principalmente na Eucaristia e na reconciliação sacramental". Às famílias desestruturadas e feridas pela vida, que sofrem a prova da separação, divisão ou divórcio, os representantes da Igreja expressam sua “profunda proximidade” e manifestam a “convicção de que o Senhor tem para eles um amor particular e que não deixa de oferecer-lhes os tesouros infinitos de sua misericórdia”.

Fonte: Zenit

segunda-feira, 21 de março de 2011

A juventude é o maior tesouro da humanidade

“Filhos, obedecei a vossos pais, no Senhor, pois isso é justo” (Ef 6,1).

A juventude é chamada de “a flor da idade”, porque é bela, forte, pujante, cheia de vida e desafios. Mas, muitos jovens estão sofrendo em nossos dias, porque não sabem o sentido da vida e porque não lhes foi mostrada a sua beleza conforme a vontade de Deus.

Muitos ainda não sabem o valor que têm, por isso desprezam sua própria existência e a dos outros. Perdidos no tempo e no espaço, debatem-se, muitas vezes, no tenebroso mundo do crime, das drogas, da violência, do sexo sem compromisso e de outras mazelas.

O maior tesouro da humanidade é a sua juventude. No entanto, em que estado ela se encontra? A quantas anda este tesouro de carne e espírito? Tenho-o visto desprezado, entregue às drogas, ferido pelas armas, destruído pelo álcool, carente de amor e de vida. Que belo tesouro desvalorizado! O jovem não tem o direito de abandonar-se ou deixar sua vida se estragar; pois ele é a mais bela obra do Criador. Muitos já perderam o magnífico sentido da vida, mas Deus tem um plano e uma vontade para a vida de cada um.

Leia esta estória:

Havia, na Índia, um sábio que desvendava os mistérios da vida das pessoas; ele era assiduamente procurado. Certa vez, um jovem desconfiado e ousado, quis testar a sabedoria do velho sábio. Pegou um passarinho vivo, escondeu-o atrás do corpo e se apresentou diante do homem de cabelos e barbas já brancos.

- O senhor é sábio mesmo?
- Dizem que eu sou.
- Então, responda-me: o que eu tenho em minhas mãos?
- Deve ser um pássaro; jovens como você gostam muito de caçar os pássaros.
- É verdade, o senhor acertou! Parece que é sábio mesmo. Mas me diga, o pássaro está vivo ou está morto?
O sábio agora estava numa situação difícil; se ele dissesse que o passarinho estava morto, o jovem o soltaria a voar; se dissesse que estava vivo, o jovem o mataria em suas mãos sem que o sábio o notasse. Uma cilada de mestre!
- Então, senhor sábio, o passarinho está vivo ou está morto? Responda-me. O senhor não é sábio?
O velho abaixou a cabeça e pensou um pouco.
Depois respondeu ao jovem:
- Depende de você!
Pensativo e cabisbaixo o jovem foi se afastando e, ao longe, olhando para o velho, soltou o passarinho e começou a chorar.
Você jovem tem um passarinho dentro de você. Matá-lo ou deixá-lo viver depende exclusivamente de você, pois você recebeu o dom mais precioso deste mundo: a liberdade. Este pássaro de ouro, que é sua vida, criada à imagem e semelhança de Deus, está em suas mãos. Eu lhe pergunto: o que você vai fazer dela? Depende de você! A vida é sua e de mais ninguém. É o único dom que de fato é inteiramente seu. O resto é seu, mas está fora de você. Não culpe ninguém pela vida que você está levando.
Paul Claudel, um teatrólogo francês convertido, disse que “o jovem não foi feito para o prazer, mas para o desafio”. Só Cristo pode dar ao jovem o máximo. Jesus lhe revela a sua beleza e o seu valor; Ele lhe mostra a grandeza de ser “filho amado de Deus”.

O jovem cristão, como já foi dito, deve honrar os seus pais, como ensina o quarto mandamento; deve ser fiel a seus amigos e irmãos, estudar e trabalhar, nunca perder tempo e jamais jogar a vida fora com coisas vazias. Terá que descansar e pode se divertir, mas de maneira saudável, sem pecar, sem fazer do prazer um fim, mas apenas um meio de descansar e poder viver bem fazendo o bem aos outros.

É na juventude que Deus nos chama a um encontro pessoal com Ele. Para alguns será um chamado para a vida sacerdotal ou religiosa, vivendo no celibato e entregando a sua vida radicalmente a Deus a serviço do seu Reino. Não existe nada mais belo para um jovem do que a vocação sacerdotal. Sem o sacerdote não há Igreja, não há perdão sacramental dos pecados, não há Eucaristia, não há salvação.

O jovem cristão é também um evangelizador; especialmente sendo exemplo no meio de seus amigos, sem ter vergonha de sua fé e de sua Igreja. Hoje é difícil dar testemunho de Jesus, viver como a Igreja ensina, rejeitando o sexo fora e antes do casamento; fugindo das diversões perigosas e de todo pecado; mas, quanto mais isso for difícil, mais necessário será para a sociedade voltar para Deus. O jovem precisa conhecer a doutrina católica, ler e estudar o Catecismo para saber dizer a seus parentes e amigos qual a sua esperança e as razões de sua fé.

Prof. Felipe Aquino